Nesta segunda-feira (29) é comemorado o Dia Nacional de Combate ao Fumo. Em todo o pais, o governo e institutos de saúde estão promovendo ações para conscientizar a população do perigo das substâncias contidas nos cigarros e derivados do tabaco.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), se o consumo de tabaco permanecer no mesmo padrão, oito milhões de pessoas morrerão anualmente até 2030. Com o intuito de combater o vício, em 2008 a OMS iniciou a Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco. O projeto consiste na proibição de publicidade, advertências gráficas nos maços, criação de zonas livres de fumo, aumento do imposto ao tabaco e campanhas de conscientização.
As medidas adotadas pela organização obtiveram bom êxito em diversas regiões. Atualmente, 30 países incluíram em sua legislação alguma medida relacionada ao combate do tabagismo. No Brasil, apenas os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Minas Gerais adotaram a medida que proíbe o fumo em ambientes fechados. Nos demais, a lei acompanha a norma federal de 1996, que permite o fumódromo, área especifica para abrigar os fumantes em estabelecimentos.
Você sabia dos riscos que o cigarro traz?
Segundo Instituto Nacional do Câncer (INCA), aproximadamente, 4.720 substâncias tóxicas estão presentes na fumaça do cigarro. Dentre elas: a nicotina, o alcatrão e o monóxido de carbono.
Muitas vezes, as pessoas desprezam os danos que o cigarro pode causar e usam o seguinte argumento “É mais fácil eu morrer em um acidente, ou atropelado, do que morrer por causa do vício do cigarro”. Mas, segundo estatísticas do INCA, os fumantes em comparação aos não fumantes apresentam risco...
-10 vezes maior de adoecer de câncer de pulmão
-Cinco vezes maior de sofrer um infarto
-Cinco vezes maior de sofrer de bronquite crônica e enfisema pulmonar
-Duas vezes maior de sofrer um infarto fulminante
Tabagismo passivo – Quem convive com fumante também sofre sérias consequências
Define-se tabagismo passivo como a inalação da fumaça de derivados do tabaco (cigarro, charuto, cigarrilhas, cachimbo e outros produtores de fumaça) por indivíduos não fumantes, que convivem com fumantes em ambientes fechados. O tabagismo passivo é a 3ª maior causa de morte evitável no mundo, subsequente ao tabagismo ativo e ao consumo excessivo de álcool.
O ar poluído contém, em média, três vezes mais nicotina, três vezes mais monóxido de carbono, e até cinquenta vezes mais substâncias cancerígenas do que a fumaça que entra pela boca do fumante depois de passar pelo filtro do cigarro.
A absorção da fumaça do cigarro por aqueles que convivem em ambientes fechados com fumantes causa:
1 - Em adultos não fumantes:
• Maior risco de doença por causa do tabagismo, proporcionalmente ao tempo de exposição à fumaça;
• Um risco 30% maior de câncer de pulmão e 24% maior de infarto do coração do que os não fumantes que não se expõem.
2 - Em crianças:
• Maior frequência de resfriados e infecções do ouvido médio;
• Risco maior de doenças respiratórias como pneumonia, bronquites e exarcebação da asma.
3 - Em bebês:
• Um risco cinco vezes maior de morrerem subitamente sem uma causa aparente (Síndrome da Morte Súbita Infantil);
• Maior risco de doenças pulmonares até 1 ano de idade, proporcionalmente ao número de fumantes em casa.
Informações: INCA
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